08/05/2021

ANVISA proibe venda de termômetros de mercúrio

Entenda o porquê o mercúrio foi retirado de circulção

ANVISA proibe venda de termômetros de mercúrio em 18 de fevereiro de 2019

Entenda o porquê da lei e conheça os termômetros digitais que os substituem

Existem diversos tipos de termômetros, utilizados em diferentes especialidades da indústria, nas empresas do ramo de alimentação, entre outros.

Os termômetros de mercúrio são também conhecidos como termômetros analógicos e foram amplamente utilizados no passado.

Porém não são mais recomendados, porque o mercúrio é considerado uma substância tóxica.

Entenda melhor:

– Termômetro Clínico Analógico

Este é um modelo de termômetro de vidro.

Dentro dele, um tubo de vidro menor, armazena uma quantidade de fluido sensível ao calor,  o mercúrio.

Ele é a substância geralmente utilizada, por isso ficou também conhecido como termômetro de mercúrio.

Mas atenção!!!!

Este modelo não pode mais ser fabricado no Brasil e em mais 140 países, que assinaram a Convenção de Minamata.

A Convenção tem como principal objetivo “proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos de emissões e liberações de mercúrio e seus compostos”.

Por isso, a diretoria da ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aprovou medidas para retirar do mercadoa partir de 1º de janeiro de 2019, materiais de saúde que utilizam o mercúrio em sua composição, entre estes, o termômetro de mercúrio.

Portanto, se você ainda tem um termômetro de mercúrio em casa, em caso de quebra do produto, precisa seguir as seguintes recomendações da ANVISA:

Você tem termômetro de mercúrio em casa?

Os termômetros digitais vêm substituindo os termômetros com mercúrio há alguns anos. Apenas dois produtos desse tipo ainda têm registro no Brasil.

No entanto, como é um produto sem prazo de validade, é possível que algumas pessoas ainda tenham este tipo de artigo em casa.

A quantidade de mercúrio presente em termômetros de uso caseiro não chega a ser comprometedora.

Mas em caso de acidentes é importante tomar as seguintes precauções:

  •      Não permita que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio;
  •      Utilize luvas de procedimentos e máscara descartável e recolha com cuidado os restos de vidro em toalha de papel e coloque em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento e feche hermeticamente;
  •      Localize as “bolinhas” de mercúrio e junte-as com cuidado utilizando um papel cartão ou similar. Recolha as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva;
  •      Transfira o mercúrio recolhido para o recipiente de plástico duro e resistente, feche hermeticamente e cole um rótulo indicando o que há no recipiente;
  •      Recipientes que acondicionem mercúrio líquido ou seus resíduos contaminados devem estar armazenados com certa quantidade de água (selo hídrico) que cubra esses resíduos, para minimizar a formação de vapores de mercúrio;
  •      Identifique o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”;
  •      Não use aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador;
  •      Coloque o recipiente em uma sacola fechada;
  •      Entre em contato com o serviço de limpeza urbana do seu município ou órgão ambiental (Estadual ou Municipal) para saber como proceder a entrega do material recolhido.

 

MARIA ALICE LELIS

Enfermeira, graduada pela Escola Paulista de Medicina (EPM); Mestre em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (USP); Doutora em Ciências da Saúde - Área Urologia - pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Atualização em Gerontologia pela Faculdade de Medicina da USP.